O número de micros e pequenas indústrias que fizeram consultas para obter empréstimos e financiamento aumentou de 11% para 17% entre fevereiro e maio deste ano. Os dados são da 7ª rodada da pesquisa Simpi/Datafolha, que mede a atividade e as expectativas do setor. Contudo, 46% dessas empresas tiveram os seus pedidos rejeitados.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, há elementos que contribuíram para que o acesso ao crédito tenha ficado restrito. Um deles é a onda de pedidos de recuperação judicial de grandes empresas, desencadeando problemas para a cadeia produtiva. A inadimplência crescente, tanto de consumidores quanto de empresas, é outro fator. Para o dirigente, a manutenção da Selic em 13,75% está matando a capacidade das micros e pequenas indústrias manterem plenamente as operações.
“O mote principal deste cenário difícil é indiscutivelmente a taxa de juros. Na prática, qualquer financiamento está começando em 20%, 30%. Se cair num cartão de crédito é mais de 400%”, comenta.