O governador Eduardo Leite e o vice-governador Gabriel Souza vistoriaram, na manhã desta quarta-feira, as obras de restauro do Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, localizado no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. Do total de R$ 23 milhões reservados para a iniciativa, mais de metade – R$ 15 milhões – foram utilizados até o momento. O local, que segue fechado desde 2017, teve as obras retomadas em 2021. O Estado projeta, agora, que a restauração seja concluída até o fim deste ano.
Leite explica que as obras foram paralisadas devido a crise fiscal pela qual o governo passou. “O governo, durante a crise fiscal pela qual passou, não conseguiu sustentar os pagamentos e as obras pararam. Na verdade demorou muito a sair a obra e, quando saiu, o Estado, em crise, não conseguiu sustentar financeiramente os repasses e consequentemente a obra acabou parando. Desde 2021, a gente consegue retomar a obra. Estou feliz aqui em ver o resultado, vai ficar um prédio totalmente renovado, totalmente recuperado”, afirmou o governador.
O complexo, que soma em torno de 12 mil metros quadrados, vai abrigar o Centro de Mídias de Educação Mediado por Tecnologias, o Centro de Formação de Professores, e o Museu da Educação para o Amanhã, o Museduca.
“A gente quer ter aqui um espaço que seja visitado por outras escolas, professores, por toda nossa rede, por outras redes de ensino também, como uma referência, um farol para a educação do Rio Grande do Sul e para o futuro. É isso que a gente deseja para o Instituto da Educação”, reforça Leite.
Pouco menos de 60% das obras foram concluídas até agora. O governo estima encerrar os trabalhos dentro do segundo semestre, a fim de que os alunos retornem ao complexo no ano letivo de 2024. O prazo não vale para o Museu, que deve ser entregue ao longo do ano que vem.
A instituição conta com 1.005 alunos matriculados, dos quais 34 da Educação Infantil, 556 do Ensino Fundamental, 371 do Ensino Médio e 44 na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Enquanto prosseguem as obras no instituto, os estudantes seguem distribuídos em quatro outras escolas estaduais do entorno.
Acompanhados das secretarias estaduais de Obras Públicas (SOP), Izabel Matte, de Educação (Seduc), Raquel Teixeira, representantes do colégio e da empresa Concrejato, responsável pelo restauro, Leite e Gabriel Souza visitaram salas de aula, laboratórios, auditório e ginásio, entre outras instalações.
Fundado em 1869 e considerado a mais antiga escola de formação de professores do Rio Grande do Sul, o Instituto de Educação Flores da Cunha teve o prédio tombado, em 2006, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).
