Com o início do recesso informal no Congresso Nacional, os investidores têm uma tendência a observar e analisar os dados de inflação e indicadores de atividade econômica previstos para os próximos dias. Isto porque a pauta do Senado Federal ficou carregada para agosto, seja com a PEC da Reforma Tributária aprovada em dois turnos pela Câmara Federal ou pelo texto-base do projeto de lei que restabelece o chamado “voto de qualidade” por representantes da Fazenda Nacional no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Não bastasse estes temas, também ficou para o próximo mês a análise do arcabouço fiscal, que retornou à Câmara com algumas poucas modificações. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho vai ser divulgado na terça-feira, 11, e analistas consideram a forte probabilidade de apresentar uma deflação mensal que deverá variar de 0,06% a 0,13% em relação a abril, levando o IPCA de 12 meses para 3,11%. O resultado deverá sofrer um impacto dos preços de automóveis novos e de combustíveis, com uma redução de 20 pontos-base do índice.
RELATÓRIO FOCUS
A semana, no entanto, começa com a divulgação do Relatório Focus, com a expectativa de 100 agentes financeiros para os principais indicadores da economia brasileira. Na quarta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços referente ao mês de maio. A mediana do mercado projeta uma alta de 0,2% na atividade em relação a abril e um crescimento anual de 3,8%. Na sexta-feira, 14, é a vez do indicador de varejo, para o qual é projetada uma estabilidade nas vendas e crescimento anual de 2,45%.
Entre os indicadores consta ainda a divulgação, na terça-feira, 11, da primeira prévia do IGP-M de julho. Em junho o indicador encerrou o período com uma deflação de 1,93%, acumulando no ano uma queda de -4,46% e de -6,86% em 12 meses.