Bancada do Novo vai tentar impedir aumento de salário de prefeito e vice em Porto Alegre

Partido quer limitar reajuste a secretários e diretores; texto deve ser votado na próxima semana

Foto: Ederson Nunes/CMPA

Diante da previsão de que seja votado, na próxima quarta-feira, o projeto que reajuste em 62% o subsídio do prefeito e em 39% os do vice e secretários na Câmara de Porto Alegre, a bancada do Novo adiantou que, no dia da votação, vai protocolar uma emenda para restringir os aumentos a secretários, adjuntos e diretores de autarquias – excluindo, assim, os reajustes do prefeito e do vice.

A proposta, de autoria da Mesa Diretora da Casa, prevê que o salário do gestor municipal passe de R$ 21.435 para R$ 34.900 e o do vice-prefeito e secretários de R$ 14.290 para R$ 19.987, com possibilidade de reajuste, por meio de decreto, em função da variação inflacionária.

Caso o projeto seja aprovado, as novas remunerações passarão a valer a partir de 2025, ou seja: não atingem os integrantes da atual gestão. O aumento no subsídio do prefeito eleva ainda, segundo a Constituição, o teto salarial do funcionalismo na capital.

Em maio deste ano, o projeto chegou a ser levado a reuniões conjuntas entre as comissões da Câmara. Sem ter sido aprovado, retornou para o trâmite normal.

No ano passado, a Câmara rejeitou uma proposta semelhante, que previa reajustes de até 87%. Em votação apertada entre os vereadores, o placar acabou em empate. O voto decisivo coube ao vereador Cassiá Carpes (PP), presidente em exercício naquele dia.