O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Paulo Sepúlveda Pertence teve o corpo sepultado, no fim da tarde desta segunda-feira, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
Pertence morreu aos 85 anos, na madrugada de domingo, após apresentar insuficiência respiratória. O ex-ministro havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital federal.
O velório ocorreu, nessa manhã, na sede do STF, onde autoridades do meio jurídico, amigos e familiares prestaram homenagens a Pertence.
Por volta das 16h, o caixão deixou o Salão Branco do Supremo sob aplausos e seguiu escoltado por batedores da Polícia Militar até o cemitério.
Pertence nasceu em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte, e se formou em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ingressou na área jurídica ao ser aprovado em primeiro lugar no concurso para o Ministério Público. Durante a ditadura militar, teve o exercício da profissão cassado pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Editado em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 deu superpoderes ao presidente da República, que ficou autorizado a cassar mandatos eletivos, a suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, a decretar o recesso do Congresso Nacional e de outros órgãos legislativos, a intervir nos estados e municípios, além de suspender o direito ao habeas corpus.
Em 1985, Pertence teve o nome indicado ao cargo de procurador-geral da República. Em seguida, em 1989, após ser nomeado pelo então presidente da República José Sarney, assumiu a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), onde se aposentou, em 2007. Desde então, permanecia dedicado à advocacia privada.
Onte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diversas autoridades do país divulgaram mensagens de pesar e homenagens ao ex-ministro.