Confiança empresarial sobe 3,0 pontos em junho, revela FGV

Resultado sugere que o pior momento para a confiança empresarial em 2023 ficou para trás

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O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou uma elevação de 3,0 pontos em junho, comparado com maio, para 94,5 pontos, segunda alta consecutiva. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 3, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado de junho das sondagens empresariais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) sugere que o pior momento para a confiança empresarial em 2023 ficou para trás no início do ano.

“O ritmo de atividade, ainda que morno, caminha no sentido da normalidade, com sustentação de contratações e alta do nível de utilização na indústria. A melhora das expectativas no mês foi influenciada pela definição do novo regime fiscal e pela perspectiva de distensão da política monetária nos próximos meses”, menciona Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

Para ele, a excessiva preocupação das empresas no horizonte de seis meses revela a persistência de um moderado pessimismo com a possibilidade de uma retomada mais consistente do nível de atividade este ano. “A continuidade da tendência de alta da confiança dependerá da evolução do ambiente macroeconômico nos próximos meses”, diz.

EXPECTATIVAS

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,0 pontos em junho ante maio, para 95,1 pontos. Houve influência da melhora no componente de Demanda Atual, para 96,8 pontos, com alta disseminada entre os segmentos pesquisados. O Índice de Expectativas (IE-E) aumentou 2,8 pontos, para 96,2 pontos, melhor desempenho desde setembro de 2022.

No entanto, a FGV ressalta que ainda há preocupação do setor produtivo nos quesitos com horizonte de seis meses: o componente que mede as expectativas com o ambiente de negócios nos seis meses seguintes ficou em 92,8 pontos, abaixo do nível dos itens que medem o otimismo três meses à frente, como o de demanda prevista, aos 94,2 pontos, e o de emprego previsto, 98,3 pontos.

Na passagem de maio para junho, a confiança dos serviços subiu 3,7 pontos, para 96,6 pontos; a do comércio avançou 6,9 pontos, para 94,2 pontos; e a da indústria teve elevação de 1,1 ponto, para 94,0 pontos. A construção encolheu 0,1 ponto, para 93,9 pontos. Em junho, a confiança avançou em 71% dos 49 segmentos integrantes do ICE.