País tem mais de 67 milhões de pessoas fora da força de trabalho, diz IBGE

Pesquisa revela que houve crescimento de 6,6% no ano no rendimento real habitual

Foto: José Cruz / Agência Brasil

A população fora da força de trabalho em maio ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), foram divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo IBGE

A taxa composta de subutilização (18,2%) caiu nas duas comparações: 0,7 ponto percentual no trimestre e 3,7 pontos percentuais no ano, totalizando 20,7 milhões de pessoas subutilizadas. Também houve queda na população desalentada, que ficou em 3,7 milhões de pessoas. Frente ao trimestre anterior, a redução foi de 6,2% (menos 244 mil pessoas) e, na comparação anual, de 14,3% (menos 621 mil pessoas). Com isso, também caiu o percentual de desalentados (3,4%) na força de trabalho: 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,5 ponto percentual no ano.

RENDA

Em relação ao rendimento real habitual (R$ 2.901), houve estabilidade frente ao trimestre anterior e crescimento de 6,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 280,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.

Por atividade econômicas, o cenário foi de estabilidade no trimestre, mas, entre as categorias do emprego, houve expansão no rendimento dos trabalhadores domésticos com carteira (2,9%) e queda no rendimento do setor público (-1,7%).

“O aumento do contingente de trabalhadores do setor público não se refletiu em aumento de rendimento. Provavelmente, isso se deu em função de maior participação de trabalhadores sem carteira no setor e tendência de queda do rendimento mesmo entre os empregados com carteira assinada”, observa a coordenadora.