O brasileiro, mesmo mais otimista na comparação com o auge período da pandemia de Covid-19, se mantém procurando reduzir gastos em consumo, escolhendo marcas mais baratas e produtos de menor tamanho ou quantidade. É o que revela um estudo feito pela consultoria McKinsey & Company feito com mil brasileiros, ao apontar que 82% dos entrevistados haviam reduzido gastos em compras. A Pesquisa sobre o Sentimento do Consumidor”, também inclui consumidores de outros dez países.
Entre itens da cesta básica, 33% dos brasileiros compraram produtos de tamanho reduzido ou menor quantidade, para economizar. Nos itens essenciais não-básicos como produtos de limpeza, essa fatia é de 18%. Conforme o estudo, a opção por marcas com preços mais baixos foi escolhida por 25% dos consumidores na compra de itens essenciais básicos e por 31% na escolha dos essenciais não-básicos. Na média de todas as categorias pesquisadas, 28% dos brasileiros optaram por marcas mais baratas na hora da compra, com maior incidência (21%) na escolha de alimentos não-perecíveis e pedidos de refeições por aplicativo.
ECONOMIA
Apesar das incertezas quanto à inflação e à instabilidade do emprego, que preocupam 53% e 37% dos pesquisados, respectivamente, 43% disseram acreditar que a economia se recuperará em dois ou três meses e se tornará tão ou mais forte do que antes da pandemia. Esta parcela era de 31% em agosto do ano passado e de 28% em setembro de 2020, no auge da pandemia.
O otimismo do brasileiro não é tão alto como em outros países como China e Índia, com 75% e 81% de confiança na recuperação pós-pandemia. Entretanto, é maior que nos Estados Unidos, com 36% de otimismo na recuperação econômica, e de alguns países da Europa, como Espanha e Itália, onde a confiança de recuperação é de 28% e 23%, respectivamente.