O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o julgamento da ação que pode impedi-lo de disputar um cargo público nas próximas eleições, marcado para reiniciar na próxima terça (27). Na visão dele, Gilmar Mendes, atual ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mudou a postura pois deu o voto decisivo em 2017 impedindo a cassação da chapa Dilma/Temer.
“O Gilmar declarou ali: A Justiça Eleitoral não existe para cassar mandato. Ponto final! É um absurdo, como foi um absurdo a cassação do deputado (Fernando) Francischini no Paraná lá atrás, como está sendo o julgamento querendo retirar meus direitos políticos por uma reunião com embaixadores”, declarou em entrevista nesta manhã ao programa Agora, da Rádio Guaíba.
O ex-presidente comentou também sobre a questão do voto impresso, discussão puxada por ele para as eleições presidenciais de 2022, pois, na sua visão, o modelo atual não é confiável. Ele voltou a criticar o sistema eleitoral e declarou estranhar a nova parceria do TSE buscando a lisura do processo. “E depois, olha a ironia do destino. Agora, há pouco, tive notícias que o Tribunal Superior Eleitoral fez um convênio com a USP, para termos mais segurança nas eleições. Eu pergunto, já não seguras hoje? Por que essa parceria com a USP agora? Tudo evolui”, questionou.
Na manhã desta sexta-feira (23), Jair Bolsonaro seguiu cumprindo agenda em Porto Alegre, onde se encontra desde a manhã de ontem, participando de um ato de filiação ao PL, no teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa.
Na abertura do encontro, o presidente estadual da legenda, deputado federal Giovani Cherini, ignorou os processos que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e lançou Bolsonaro para a disputa à presidência em 2026.