Seis em cada dez pessoas empregadas (63%) estão endividadas, principalmente com empréstimo (29,3%), em compras no varejo (27,44%), dívidas de cartão de crédito (21,8%), contas de luz, água, telefone e/ou gás (18,8%) e cheque especial (3,76%). O resultado aparece na pesquisa “O Endividamento do Mercado de Trabalho”, que reúne um panorama sobre o endividamento de funcionários, e realizada pela Pilla, fintech brasileira que atua lado a lado com a área de recursos humanos das empresas para apoiar os colaboradores endividados a resolver questões financeiras pessoais
No que se refere à renegociação de dívida, a pesquisa revela que 73% das dívidas renegociadas não são quitadas por seus devedores, com um valor médio de dívidas não pagas de R$ 1.348,31. O endividamento é apontado pelos colaboradores entrevistados devido a gastos inesperados (50,62%) – como uma emergência médica ou um reparo inesperado, por exemplo -; custos mensais mais altos que o salário (22,05%); impulso na hora de gastar (14,91%); por deixar a rotina financeira em segundo plano (14,91%); ou por ter dificuldade com os números e cálculos (7,14%).
“O endividamento excessivo pode levar as pessoas a diversas questões, como a impossibilidade de pagar as contas em dia, estar sujeito a juros altos e, em casos extremos, a perda de bens ou mesmo a falência pessoal”, comenta Matheus Assy, cofundador e Diretor de Operações da Pilla. “Muitas vezes, as pessoas acabam contraindo dívidas para manter um padrão de vida ou por razões de impulso de consumo, sem avaliar se têm condições financeiras para arcar com as despesas. Por isso, é importante aprender a gerir as finanças pessoais de forma responsável e consciente”, completa.
Segundo a pesquisa, 79% das pessoas empregadas não possuem sobra de recursos no final do mês. Dentre os brasileiros empregados que estão endividados, 86% recorrem a empréstimos. Mais da metade (57%) dos entrevistados empregados afirmam que possuem algum tipo de restrição no CPF.
Para Henrique Soares, cofundador e CEO da Pilla, a falta de recursos disponíveis pode levar o colaborador a buscar por um crédito mais caro, deixando-o cada vez mais distante de realizar seus sonhos. Ainda segundo o executivo, a área de recursos humanos das empresas pode agir no sentido de conscientizar cada funcionário sobre a importância de controlar as suas dívidas e ampliar o seu conhecimento financeiro, de maneira que o colaborador esteja apto a tomar decisões mais conscientes e evitar problemas futuros.
Em relação ao empréstimo, a pesquisa da Pilla revela que os colaboradores recorrem, em primeiro lugar, ao cartão de crédito (40,87%). A pesquisa da Pilla reúne a opinião de 3.000 brasileiros empregados e foi realizada no período de 14 janeiro a 14 abril de 2023.