O efeito da desoneração dos três impostos federais (PIS, Cofins e IPI) sobre os carros anunciada nesta quinta-feira, 25, pelo governo federal parece ser imediato, mesmo que o Ministério da Fazenda tenha pedido 15 dias para estabelecer como se darão esses descontos. Conforme o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, três montadoras já informaram à associação que desistiram de colocar em prática a suspensão de contratos de trabalho que estava prevista.
A União anunciou que irá promover um desconto por tempo limitado no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e em Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) de automóveis que hoje custam até R$ 120 mil. A proposta tem como objetivo tentar baratear o preço do carro no Brasil com um desconto no valor dos carros que irá variar de 1,5% até 10,79%.
O presidente da associação de montadoras Anfavea, Márcio Lima Leite, disse que é possível que os preços dos veículos novos caiam para menos de R$ 60 mil com as medidas anunciadas pelo governo federal, como redução de PIS/Cofins. Com isso, as isenções tributárias anunciadas podem ampliar as vendas de veículos em 200 mil e 300 mil unidades em um ano.
A produção de veículos está em 2,1 milhões de unidades por ano, distante das 3,8 milhões de unidades em 2013. As montadoras operam com 50% da sua capacidade instalada ociosa, segundo Leite, e enfrentaram 14 paralisações de fábricas de montadoras. A Anfavea disse que não houve nenhum compromisso das montadoras pela manutenção do nível de empregos no setor.