O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a subir em maio, registrando alta de 1,4 ponto, para 88,2 pontos, atingindo o maior nível desde outubro de 2022. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Em abril, o indicador teve ligeira queda de 0,2 ponto, enquanto em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo segundo mês seguido (1,2 ponto), para 87,3 pontos.
Em maio, a alta da confiança foi influenciada pela melhora das perspectivas para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) avançando 2,8 pontos, para 100,4 pontos, melhor resultado desde março de 2019 (101,1 pontos). No entanto, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,8 ponto, para 71,3 pontos, após crescer mais de 2,0 pontos em março e estabilizar em abril.
Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, afirmou que essa melhora das expectativas para os próximos meses aconteceu de forma disseminada entre as faixas de renda, com exceção das famílias de maior poder aquisitivo, cujas perspectivas futuras pioraram.
“O resultado pode estar associado à sensação de alívio da inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo. Em paralelo porém, o cenário de alto endividamento das famílias, crédito caro e incertezas econômicas ajudam a manter o indicador em patamar baixo e sensível a flutuações constantes, tornando difícil uma sinalização mais clara de uma recuperação sustentada da confiança”, disse em nota.