Tijucas pode ter o primeiro EcoDistrito do Brasil

Empreendimento da Verde & Azul Urbanismo, conta com características de nova tendência urbanística mundial

Crédito: Divulgação

O Relatório Mundial das Cidades 2022 da ONU-Habitat estima que até 2050 68% da população mundial vai residir no meio urbano. Diante deste cenário, os municípios enfrentam o complexo desafio de contar com infraestrutura, moradia e soluções ambientais para atender seus moradores. Em Santa Catarina, o município de Tijucas larga na frente com a instalação do Reserva Royal, um projeto imobiliário com características de um Ecodistrito, tendência urbanística mundial que vai além de ações para reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

Por definição, os EcoDistritos são lugares de uso misto, caminháveis, diversos, com participação das comunidades e que disponibilizam espaços públicos para a interação e maior conexão entre área edificada e a natureza. Dentro desse contexto, se configuram em uma alternativa urbanística para a construção de localidades mais resistentes às transformações climáticas, sociais e econômicas.

“O Reserva Royal foi idealizado a partir deste conceito, buscando integrar as pessoas ao meio ambiente, repleto de verde da natureza e do azul das nascentes numa área total de 4,3 milhões de metros quadrados”, destaca o CEO da Verde & Azul, Luiz Carlos Gallotti Bayer.

ESPAÇOS VERDES

Outra particularidade dos EcoDistritos, também integrante do projeto do Reserva Royal, é a presença de espaços verdes maiores que nas demais áreas dos municípios e a preservação da biodiversidade local. No projeto da Verde & Azul Urbanismo, o masterplan prevê a preservação de um maciço florestal de mais de um milhão de metros quadrados, além de um parque orquidófilo e outro intermunicipal, unindo Tijucas a Porto Belo.

Hortas comunitárias também fazem parte de muitos EcoDistritos, que podem ser instalados com o objetivo de recuperar uma área degradada ou criadas para integração da comunidade, como é o caso do Reserva Royal. Para atingirem a meta de serem mais inclusivos, diversos e viáveis economicamente, esses bairros são idealizados unindo diferentes formatos de habitação, comércio e negócios.  O Reserva Royal conta com uma área de Centralidades, que reunirá escritórios (coworking), além de lojas comerciais e prestação de serviços.

O entendimento é de que os estabelecimentos são fundamentais para gerar empregos e renda, o que tornam esses bairros e os seus residentes mais preparados para suportarem os reflexos sociais, financeiros e das mudanças climáticas. Outro fator comum a essas comunidades é a participação, administração e liderança dos indivíduos que vivem nelas e que ajudam a identificar as necessidades da região e os caminhos para resolvê-las.

A criação de uma associação de moradores também faz parte do projeto da Verde & Azul Urbanismo, até como mais um elemento para garantir a preservação das áreas verdes do empreendimento. “Essa associação tem a capacidade de gerar um sentimento de pertencimento ao morador, que assim valoriza, cuida e preserva o entorno da sua moradia. Por isso reservamos um espaço interno para sediar a associação e estimular esse sentimento”, explica Luiz Carlos Galotti Bayer.

PROTOCOLO

Vistos como a alma das cidades pela EcoDistricts, os EcoDistritos possuem uma escala única para introduzir e acelerar investimentos que podem resultar em melhorias significativas para a população. A organização elaborou um protocolo com o intuito de fomentar o desenvolvimento de novos empreendimentos urbanos dessa natureza. O documento contou com a participação de mais de 100 profissionais de vários países e está dividido em três etapas: prioridades, objetivos e implementação.

As prioridades são distribuídas em seis áreas mais específicas que auxiliam na definição das ações a serem efetuadas: Lugar, Prosperidade, Saúde e Bem-Estar, Conectividade, Estrutura Viva e Restauração de recursos. Através delas são planejadas táticas e atividades que possibilitam uma conexão das pessoas com os seus EcoDistritos, manutenção da história e cultura da região e a concepção de áreas coletivas e moradias distintas e acessíveis.

O protocolo também salienta a importância da recuperação da vegetação e da manutenção dos recursos ambientais, adotando recursos tecnológicos para elevar o uso de fontes de energia limpa e renovável, racionalizar a utilização da água e descartar corretamente os resíduos.