A Polícia Civil gerou um prejuízo, na manhã desta quarta-feira, de aproximadamente R$ 30 milhões a uma facção que atua no Vale do Sinos. Durante uma operação interestadual, que abrangeu dez cidades gaúchas e catarinenses, os policiais cumpriram 173 ordens de busca e apreensão, além da prisão de quatro suspeitos, todos na capital.
Batizada de ‘Operação Fratelli’, em alusão à forma de agir dos criminosos, semelhante ao da máfia italiana, a iniciativa resulta de cerca de dois anos de investigação. Parte dos crimes, segundo a corporação, foram cometidos por famílias de integrantes da organização criminosa, que ainda mantém vínculos com a facção paulista PCC.
As investigações, segundo os policiais, tiveram início após uma tentativa de homicídio cometida por um dos líderes do bando, em 2021. Conforme o delegado Mário Souza, o criminoso já está sendo indiciada por 12 mortes em Porto Alegre.
“Nós quebramos parte da estrutura financeira desses criminosos que ordenaram diversas mortes na capital. Hoje estamos atuando com mais de 300 policiais civis e militares, buscando apreensão de armas e munições e, principalmente, prisões de executores, responsabilização de mandantes e retirada de poderio econômico dessa facção”, declarou o diretor do Departamento de Homicídios, à Rádio Guaíba.
As diligências resultaram ainda na apreensão de celulares e computadores, além de 125 ordens de bloqueios bancários e 23 indisponibilidades de imóveis. Os mandados, com apoio da Brigada Militar e da Susepe, foram cumpridos em Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom, Charqueadas, Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú e Bombinhas.
*Atualizada para inclusão de informações