Exportações da indústria gaúcha caem em março, mas sobem no acumulado do ano

Estado teve queda na quantidade vendida e aumento nos preços médios

Crédito: Abicalçados/Divulgação

A indústria de transformação do Rio Grande do Sul apresentou um faturamento de US$ 1,4 bilhão com as exportações no mês de março, o que representa uma queda de 0,5% na comparação com o mesmo período de 2022. O cenário foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) considerando os resultados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No acumulado dos três primeiros meses de 2023, no entanto, as vendas externas alcançaram US$ 4,1 bilhões, alta de 3,1% frente ao primeiro trimestre do ano passado.

O efeito, segundo a Fiergs, preponderante para explicar a variação da receita em março ficou por conta das quantidades exportadas, que apresentaram queda de 10,6%. É o quarto mês consecutivo de retração do volume vendido e o quinto mês, nos últimos seis, em que isso ocorre. Os preços médios, no entanto, avançaram 11,3% ante março de 2022.

Dos 23 setores exportadores da indústria de transformação gaúcha, 15 apresentaram avanço na receita dos embarques, ante o mesmo mês de 2022. O setor com maior faturamento, o de Alimentos, apresentou receita de US$ 460,7 milhões em março, queda de US$ 25,6 milhões (-5,3%). China, Coreia do Sul e Arábia Saudita foram os principais mercados consumidores. A queda de US$ 2,7 milhões para o mercado chinês tem como principal explicação o cumprimento do protocolo sanitário, referente à doença da Vaca Louca, firmado entre Brasil e China.

CELULOSE E PAPEL

Comparado ao mesmo período de 2022, no primeiro trimestre do ano houve grandes variações nas exportações de Celulose e papel, elevação de US$ 59,1 milhões (+22,2%); Químicos, recuo de US$ 153,3 milhões (-33,1%), e Veículos automotores, mais US$ 43,6 milhões (+20%).

 O Rio Grande do Sul, por sua vez, importou US$ 1,3 bilhão em produtos estrangeiros em março, incremento de US$ 394,2 milhões frente a igual mês de 2022. Os produtos mais buscados no mercado externo foram óleos brutos de petróleo, naftas e veículos de carga. Já a origem desses produtos ficou principalmente com a Argentina (US$ 294,3 milhões), Rússia (US$ 154,5 milhões), Estados Unidos (US$ 142,4 milhões) e China (US$ 138 milhões).