O bolso do brasileiro não deverá sentir um alívio com a redução dos impostos fruto da reforma tributária. Esta pelo menos é a expectativa do relator do tema na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ao apontar que o Congresso tem condições oportunas e adequadas para votar a simplificação da tributação sobre o consumo, mas admitiu que será impossível aprovar um texto que reduza o peso dos impostos. Ribeiro, aliás, será o palestrante da reunião-almoço Tá na Mesa especial da Federasul, nesta segunda-feira, 17.
“Temos pela primeira vez o governo priorizando a reforma tributária como parte estruturante da sua estratégia”, afirmou Ribeiro em um evento na semana passada. “Me perguntam se há ambiente para aprovar uma reforma tributária, e eu respondo que não vai ter ambiente nunca. Porque as condições ideais demandariam primeiro reduzir o tamanho do Estado e reduzir o compromisso fiscal, para aí podermos fazer uma reforma para reduzir a carga tributária”, ponderou.
Para o deputado, o Brasil tem um dos piores sistemas tributários do mundo, com uma regressividade muito grande. O relator disse ainda que a forma de tratamento da Zona Franca de Manaus dependerá de uma decisão política do Congresso, mas garantiu que a reforma respeitará os contratos vigentes. “A Zona Franca de Manaus está contratada até 2073, temos que respeitar esse contrato”, afirmou.