Maior produtor de noz-pecã do Brasil, o Rio Grande do Sul celebrou nesta sexta-feira (14), a 5ª Abertura Oficial da Colheita, na Fazenda Santa Leocádia, localidade de Santa Flora, distrito de Santa Maria.
Atualmente, são plantados nos três estados do Sul cerca de 11 mil hectares de nogueira, dos quais, explica o presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Eduardo Basso, 6 mil são produtivos. A expectativa é de que a safra chegue a 7 mil toneladas de frutas, 5 mil toneladas apenas no Rio Grande do Sul. Basso esclarece que a produção de noz-pecã não passou incólume pela estiagem. Embora a cultura não tenha registrado prejuízos quanto à produtividade das árvores, a falta de chuva afetou o calibre das frutas, fazendo com que tenham menor peso.
O dirigente ressalta que a colheita segue de abril até final de junho e que neste ano os produtores colhem o máximo de cada árvore. Segundo ele, o ciclo da nogueira determina que a árvore produza menos em um ano e mais no ano seguinte, o que justifica a colheita de quase 1 mil toneladas menor na safra do Rio Grande do Sul no ano passado.
O presidente do IBPecan diz ainda que a maior parte da produção de noz-pecã do Brasil é consumida no país, mas ressalta que a fruta tem mercado para exportação, cujo volume alcançou, em 2021, 450 toneladas, e, em 2022, 250 toneladas. “Neste ano, devemos ter um excedente de produção perto de 1,3 mil toneladas e teremos de procurar novos mercados”, completa. Mesmo tendo alta durabilidade, se comparada a outras frutas, a noz-pecã exige o armazenamento em câmaras frias, onde pode ser conservada por até um ano e meio.
De acordo com o coordenador das câmaras temáticas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Paulo Lipp, a cultura da noz-pecã segue em expansão, sendo já a oitava fruta mais plantada no Estado. Segundo Lipp, os produtores agora trabalham com medidas agronômicas para conseguir driblar a produção alternada, a partir da melhora da nutrição e irrigação das plantas.
CP