O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vai anunciar nesta quarta-feira a formação de um “superbloco” com a participação de nove partidos: PDT, PSB, Patriota, União Brasil, PP, Avante, PSDB, Solidariedade e Cidadania. Ao todo, o grupo soma 175 parlamentares, o que o consolida como o maior bloco da Casa.
A movimentação é considerada uma resposta ao bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos, em março, com 142 deputados, e uma tentativa de Lira de demonstrar força.
Os blocos parlamentares são importantes porque, a partir deles, é feita a distribuição de vagas nas comissões permanentes. Eles também interferem na ordem de escolha dos cargos na Mesa Diretora e na presidência de comissões.
O primeiro líder do grupo deve ser o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que também é líder do PSB na Câmara, partido que integra a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um parlamentar do PDT também é cogitado para liderar o bloco.
Justamente por causa da presença governista no bloco, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliado histórico do PP, decidiu ficar fora. Interlocutores da liderança da legenda afirmaram que, por questão de “autonomia nos trabalhos”, o partido prefere “ficar sozinho”. O PL soma 99 deputados e é a legenda com mais representatividade na Câmara.