O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira, 6, durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, que, no momento, o governo não discute mudanças na política de preços dos combustíveis − o chamado PPI (Preço de Paridade Internacional), adotado pela Petrobras 2016. Na quinta-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), deu declarações de que a haveria uma mudança na metodologia de cálculo na estatal que que deveria provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.
Lula disse que foi “pego de surpresa” pelas discussões sobre o assunto na imprensa. “A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir. Enquanto o presidente da República não convocar, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, disse o presidente.
A Petrobras chegou a comunicar que não havia recebido nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia. Apesar da negativa, Lula admitiu que haverá mudanças na definição dos preços dos combustíveis no mercado doméstico, mas que a discussão será feita “com muito critério”.
“Nós vamos mudar, mas com muito critério, porque durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e o preço do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido ao PPI. Mas esse é um problema que nós vamos discutir no momento certo”, disse o presidente.