A taxa de desocupação brasileira encerrou o trimestre de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023 em 8,6%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,1%) e uma queda de 2,6 pontos percentuais comparado com o mesmo período do ano anterior (11,2%). A informação foi divulgada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 31.
Conforme os dados, a população desocupada (9,2 milhões de pessoas) cresceu 5,5% (mais 483 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e recuou 23,2% (menos 2,8 milhões de pessoas desocupadas) na comparação anual. Já o contingente de pessoas ocupadas (98,1 milhões) recuou 1,6% (menos 1,6 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e cresceu 3,0% (mais 2,9 milhões) ante o mesmo trimestre do ano anterior. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,4%, caiu 1,0 ponto percentual frente ao trimestre anterior (57,4%) e subiu 1,2 ponto percentual ante igual trimestre do ano anterior (55,2%).
A taxa composta de subutilização (18,8%) ficou estável em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2022 (18,9%) e caiu 4,7 pontos percentuais ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2022 (23,5%). A população subutilizada (21,6 milhões de pessoas) também ficou estável frente ao trimestre anterior (21,9 milhões) e recuou 20,7% (menos 5,7 milhões) na comparação anual.
Conforme o IBGE, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) caiu 12,4% (menos 719 mil pessoas) ante o trimestre anterior e 23,7% (menos 1,6 milhão de pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,8 milhões de pessoas) cresceu 2,3% ante o trimestre anterior (mais 1,5 milhão) e 2,2% (mais 1,5 milhão) na comparação anual.
A população desalentada (4,0 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre anterior e caiu 16,0% (menos 754 mil pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,6%) também ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 0,7 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
CARTEIRA ASSINADA
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 6,4% (mais 2,2 milhões de pessoas) na comparação anual. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,0 milhões de pessoas) caiu 2,6% (menos 349 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e cresceu 5,5% (678 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) caiu 1,2% ante o trimestre encerrado em novembro de 2022 (menos 301 mil pessoas). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o contingente ficou estável. O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas) ficou estável tanto no confronto com o trimestre anterior quanto com o trimestre encerrado em fevereiro de 2022.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,2 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 40,2% no mesmo trimestre do ano anterior.
O rendimento real habitual (R$ 2.853) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 7,5% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 275,5 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 11,4% na comparação anual. No trimestre móvel de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,3 milhões de pessoas, caindo 1,0% (menos 1,1 milhão de pessoas) frente ao trimestre de setembro a novembro de 2022 e ficando estável ante o mesmo trimestre do ano anterior.