O delegado de Rosário do Sul, Giovanni Lovato, descarta a hipótese inicial de guerra entre facções no conflito ocorrido no presídio do município, que resultou na morte de um preso, no sábado passado. De acordo com ele, a briga teve origem entre apenados da mesma facção que se dividiram em dois grupos, um querendo impor liderança sobre o outro.
O crime ocorreu durante o banho de sol, no pátio do presídio. O autor dos disparos, de 21 anos, preso por tráfico de drogas, disparou em relação ao grupo rival e acabou matado Leonardo Passamani Pereira, de 30 anos. O delegado acredita que Leonardo não era o alvo, visto que não tinha um papel de liderança entre os demais presos do grupo. Outros três apenados seguem internados, em estado estável. Ao todo, 16 foram feridos.
Além de um revólver calibre 38, foram apreendidos telefones celulares. O delegado Lovato trabalha na linha investigativa de que esses objetos tenham sido lançados para dentro da prisão por pessoas externas, uma vez que o presídio fica localizado em uma área rural, com possibilidade de acesso aos muros por pessoas de fora.
A pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão preventiva do autor dos disparos para que não haja progressão de regime do apenado e também para que o processo seja priorizado no âmbito da justiça.
Transferência
Nesta manhã, a Susepe transferiu 18 presos de Rosário do Sul para outros presídios gaúchos. Os novos locais ainda não foram divulgados por motivos de segurança.
