O crédito imobiliário com recursos da poupança apresentou uma queda chegando a R$ 10,5 bilhões em fevereiro deste ano, uma queda de 11,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e de 11,8% na comparação com janeiro deste ano. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) que, apesar do resultado, aponta que foi o terceiro melhor resultado mensal da série histórica da entidade em volume de financiamentos.
As estimativas da entidade para o ano de 2023 apontam para uma queda nos financiamentos na comparação com 2022, mas a terceira melhor marca da história. No primeiro bimestre ao ano, o financiamento imobiliário no Brasil chegou a R$ 22,4 bilhões, queda de 15,3% na comparação com o mesmo período de 2022. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, houve baixa de 15,4% em relação ao período precedente, para R$ 175,1 bilhões.
O desempenho acontece em um contexto de aumento da taxa básica de juros, que impacta os custos de financiamento, e também de saques na poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em fevereiro, as saídas líquidas foram de R$ 8,6 bilhões. Em janeiro, a retirada havia sido de R$ 27,2 bilhões.
Ao todo, a poupança SBPE fechou o mês passado com saldo de R$ 739,1 bilhões, uma redução de 5,3% na comparação com fevereiro de 2022.