Defesa de Bolsonaro tenta devolver joias e armas, mas não consegue agendar entrega

Advogado informou não ter encontrado delegado, na PF, para receber as armas; e que setor da Caixa que vai guardar as joias já havia fechado 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou devolver o estojo com joias recebido da Arábia Saudita e as armas doadas pelos Emirados Árabes Unidos, mas não encontrou ninguém para receber os itens, na tarde desta quarta-feira.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, mais cedo, que as armas devem ser entregues na Diretoria de Polícia Administrativa da Polícia Federal, em Brasília, e as joias, em uma agência da Caixa Econômica Federal na Asa Sul, também na capital do país.

Ainda de acordo com a determinação, as joias retidas na Receita Federal, em Guarulhos (SP), devem ser deixadas na mesma agência do banco. A Caixa informou não ter sido notificada da decisão do TCU, mas que dispõe de locais apropriados para armazenamento do material.

O advogado Paulo Amador, que integra a defesa de Bolsonaro, declarou à reportagem que quer deixar os presentes “o quanto antes” nos locais estabelecidos, mesmo que a defesa não tenha sido notificada ainda pelo TCU.

“Mesmo sem notificação, nós soubemos da decisão e tentamos contato com a Caixa, mas o expediente no setor já tinha acabado. Também ligamos para a PF para combinar a entrega, mas o delegado responsável pelo caso não estava”, detalhou.

Amador argumenta que precisa de autorização para circular com os itens, sob pena de ser preso. “Minha equipe já solicitou nova guia de tráfego ao Exército, pois a mudança de endereço [de entrega dos itens] da Secretaria-Geral para a PF pede essa autorização”, afirmou o advogado.

“É importante que o TCU notifique a Caixa e a PF, pois não posso sair com joias e armas em mãos sem que eles estejam prontos para receber”, completou. O R7 questionou o TCU a respeito dos trâmites para a entrega dos itens, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.