Taxa de desocupação é de 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, diz IBGE

No trimestre anterior, taxa chegou a 8,3%

Foto: Agência Brasília

A taxa de desocupação do trimestre móvel de novembro de 2022 a janeiro de 2023 chegou a 8,4%, apresentando uma estabilidade comparado ao trimestre anterior (8,3%) e queda de 2,9 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano anterior (11,2%). Esta foi a menor taxa de desocupação para este período desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 (6,9%).

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada, de 9,0 milhões de pessoas, ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 25,3% (menos 3 milhões de pessoas desocupadas) na comparação anual.

A população ocupada (98,6 milhões) registrou redução de 1,0%, o equivalente a menos de 1 milhão de pessoas, sobre o trimestre anterior e alta de 3,4% (mais 3,2 milhões) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,7%, caiu -0,7 ponto percentual no trimestre e subiu 1,3 ponto percentual no ano.

A taxa composta de subutilização (18,7%) recuou -0,8 ponto percentual no trimestre (19,5%) e caiu 5,2 pontos percentuais no ano (23,9%). A população subutilizada (21,5 milhões de pessoas) caiu 5,2% frente ao trimestre anterior e 22,5% na comparação anual. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) caiu 12,6% (menos 754 mil pessoas) no trimestre e 24,4% (menos 1,7 milhão) no ano.

No levantamento do IBGE, a população fora da força de trabalho (66,3 milhões de pessoas) cresceu 2,2% ante o trimestre anterior (mais 1,4 milhão) e 2,2% na comparação anual (mais 1,4 milhão). A população desalentada (4 milhões de pessoas) caiu 5,3% ante o trimestre anterior (menos 220 mil pessoas) e 16,7% no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,5%) ficou estável no trimestre e recuou 0,7 ponto percentual no ano.

EMPREGO COM CARTEIRA

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,5% (mais 2,3 milhões de pessoas) na comparação anual. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,1 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 5,9% (725 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,3 milhões de pessoas) também registrou estabilidade ante o trimestre anterior e na comparação anual. O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) ficou estável no confronto com o trimestre anterior e cresceu 4,7% (mais 262 mil pessoas) no ano. O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) caiu 4,1% (ou menos 179 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

O rendimento médio real habitual (R$2.835,00), frente ao trimestre móvel anterior cresceu nas seguintes categorias: Alojamento e alimentação (7,0% ou mais R$ 123), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,1% ou mais R$ 121) e Serviços domésticos (2,2% ou mais R$ 23). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.