O número de inadimplentes no País voltou a crescer em fevereiro, chegando a 65,45 milhões de pessoas devedoras, alta de 0,47% em relação a janeiro. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), e revelam que 40,28% dos brasileiros estavam negativados em fevereiro. Na comparação com igual período de 2022, o volume de consumidores que apresentavam contas atrasadas cresceu 7,49%, enquanto o número de dívidas em atraso avançou 17,41%.
O número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,88%). São 16,24 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, o equivalente a 47,57% do total deste grupo etário. No recorte de gênero, a inadimplência é de 50,97% entre as mulheres e de 49,03% entre os homens.
Em média, a dívida por consumidor chegou a R$ 3.895,09 e a inadimplência era para 2,04 empresas credoras. Os dados ainda mostram que três em cada dez consumidores (32,49%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, e chegando a 46,98% para as dívidas de até R$ 1.000. O estudo o aumento das dívidas com o setor bancário, que registrou crescimento de 28,98%, e as relacionadas à água e luz (13,27%).
Entretanto, apresentaram queda no total de dívidas em atraso os débitos com o setor de comunicação (-10,41%) e comércio (-4,62%). Em relação ao total de dívidas, o setor credor que concentra a maior parte dos débitos é o de bancos (63,55%), seguido pelo comércio (11,60%), água e luz (10,79%) e comunicação (7,46%).