O movimento sindical encontrou uma maneira de participar das críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do governo Federal ao Banco Central. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está programando manifestações para os próximos dias 21 e 22, na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em todas as capitais brasileiras que tem uma unidade da autoridade monetária.
Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, as manifestações visam a pressionar o Copom a reduzir a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano. Conforme Nobre, que na sexta-feira, 3, participou de uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e várias centrais sindicais e representantes de movimentos populares, em São Paulo, o objetivo é pressionar os participantes do encontro.
“É importante ouvir os empresários e a Faria Lima, mas é preciso ouvir a classe trabalhadora também. Queremos que o Copom nos ouça”, disse Nobre.
O presidente da CUT disse que a entidade colocou para o ministro Haddad que os trabalhadores têm uma grande produção de trabalhos e estudos que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico e para a reforma tributária.