O caricaturista, ilustrador, chargista e músico Paulo José Hespanha Caruso, mais conhecido como Paulo Caruso, morreu na manhã deste sábado, aos 73 anos, no Hospital 9 de Julho, região central de São Paulo.
A assessoria de imprensa do hospital informou que o laudo médico ainda não foi assinado e em breve divulgará a causa da morte. Ainda não há informações sobre onde serão prestadas as últimas homenagens ao artista.
Paulo Caruso é irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso.
Nascido em 6 de dezembro de 1949, Paulo Caruso cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão.
Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.
Atualmente publicava charges na revista “Época” e no programa de entrevistas “Roda Viva”, da TV Cultura. Tinha também um trabalho com histórias em quadrinhos e tocava na banda Conjunto Nacional.
Ao longo da carreira trabalhou para as principais revistas de São Paulo, entre elas, Veja, IstoÉ e Senhor e para os jornais Diário Popular e Folha de S.Paulo.
No fim dos anos 1970, colabora em O Pasquim ao lado de nomes consagrados, como os cartunistas Jaguar (1932), Millôr Fernandes (1923), Ziraldo (1932) e Henfil (1944 – 1988).
Atuou em várias publicações especializadas em humor e quadrinhos, como, Chiclete com Banana, Geraldão e Pasquim 21, reedição recente do jornal, fechado no início da década de 1990. Também se dedicou à produção de espetáculos musicais e teatrais.
Em 2004, lançou o livro São Paulo por Paulo Caruso – Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade, em homenagem aos 450 anos da metrópole, no qual tratava do cotidiano paulistano, caricaturando tipos humanos e representando edifícios e vistas panorâmicas da cidade.
O artista recebeu vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994.