O feriado de carnaval agitou a rua Washington Luiz, Centro Histórico de Porto Alegre. Milhares de foliões tomaram conta do espaço na tarde terça-feira, 2. Havia, no local, grupos de amigos e também famílias cantando, pulando e dançando ao som do Bloco No Caminho Te Explico, desde às 15h. A temperatura marcava 28ºC, mas a sensação térmica era mais alta devido ao agitado da junção na rua.
Cercado por amigos, Rodrigo Azambuja é um fã da folia, mas afirmou que o carnaval na cidade poderia estar melhor. “Eu sempre vou nos bloquinhos, desfile eu até agora nunca participei. Acho o carnaval de Porto Alegre ainda meio fraco. As pessoas não incentivam muito os blocos. Para mim, o carnaval é a alegria, um momento de desopilar e celebrar”, opinou. Curtindo o evento junto de uma amiga, Guadalupe Rausch nasceu na capital e considera esse período do ano uma oportunidade para se sentir livre, se colorir e ser feliz. “Eu acho que os porto-alegrenses estão ainda muito na força da resistência, tentando fazer o carnaval, mas não tem o devido incentivo da prefeitura. Apesar disso, aqui tá bonito”, ponderou.
Natural do estado do Amapá, Nina Acácio aproveitou os festejos com um grupo de amigo. Para ela, há diferenças entre a folia do norte do país para o que ela encontrou em Porto Alegre. “Aqui o pessoal não sabe cantar as músicas, começa por aí, porém, o lado bom é aqui tem bons bloquinhos de rua, então tá tudo certo. Acho que o carnaval é o momento de se apoderar da cidade de um jeito que em outros momentos não acontece”, ressaltou a jovem.
Fantasiados com perucas na cor rosa e outros adereços, um grupo de sete amigos aproveitou o evento, mas destacou a ausência de mais atrações musicais. “Acho que poderia ter mais música aqui, afinal é um carnaval de uma capital. Poderia ter algo além da batucada e percussão. Na minha vida o carnaval é uma festa maravilhosa, mas há anos não fazia festa aqui. Montamos uma fantasia e estamos fazendo o maior sucesso aqui”, comentou. A trabalho no local, o ambulante Ronaldo Cardoso aproveitou a ocasião para vender bebidas na festa, porém considerou que o consumo poderia estar melhor. “Então temos que ter paciência e persistência para segurar essa parada”, contou. Os festejos da rua tinham previsão de seguir até o anoitecer.