A esperada reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quinta-feira, 16, cercada de atenções do mercado financeiro, terminou dentro da normalidade. Nos quase 30 minutos que durou o encontro, a pauta não incluiu um debate sobre a meta da inflação e a taxa básica de juros.
Especialmente nesta semana, surgiu uma expectativa de que a reunião pudesse definir alguma alteração em um dos dois indicadores. Entretanto, a primeira reunião do governo Lula e do ano de 2023 serviu para aprovar o balanço do Banco Central que fechou o ano passado com um prejuízo de R$ 298,5 bilhões.
O saldo negativo é explicado pela queda do dólar em relação ao Real e pelo aumento dos juros americanos. O Banco Central tem US$ 325 bilhões de dólares na carteira, e parte do resultado negativo, R$36,6 bilhões será coberto pelo Tesouro Nacional. O restante pela reserva de resultado e pela redução de patrimônio do próprio Banco Central.
O último resultado negativo apurado pelo BC foi referente ao segundo semestre de 2020, quando alcançou R$33,6 bilhões. Até 2020, o balanço do BC era apurado semestralmente e, a partir do ano seguinte a avaliação passou a ser anual. O resultado precisa ser aprovado pelo CMN após avaliação de auditores independentes.