Começou na manhã desta terça-feira no Rio Grande do Sul a aplicação da vacina bivalente, que protege contra o vírus Sars-Cov2 e contra as cepas da variante Ômicron, causadores da Covid-19. Em Porto Alegre, o Asilo Padre Cacique voltou a ser escolhido como ponto de partida da campanha, assim como já havia ocorrido na vacinação regular, em janeiro de 2021. Mais uma vez, Maria Anna Ziegler Miguel, de 95 anos, se tornou a primeira moradora da capital a receber a dose. Todos os 94 idosos residentes do local e funcionários do asilo foram imunizados no primeiro dia de imunização.
O secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, acompanhou o ato. O RS, inclusive, se antecipou quanto ao começo da vacinação, cuja campanha nacional está prevista para começar no dia 27. “Iniciamos aqui no Padre Cacique como um simbolismo da ação iniciada em 2021. E é importante que as vacinas já sejam aplicadas na medida em que estiverem disponíveis. As próximas etapas serão cumpridas na medida em que recebermos mais”, comentou ele.
De acordo com ele, a Ômicron é a variante mais disseminada no planeta neste momento. “É, portanto, muito importante estarmos preconizando esta vacinação. O Ministério da Saúde nos autorizou a iniciá-la, principalmente nos grupos mais vulneráveis”, comentou Sparta.
O presidente do Asilo Padre Cacique, Edson Brozoza, também recebeu a dose e observou que nenhum dos idosos moradores da instituição faleceu, em razão da Covid, desde o início da pandemia. “Não recebemos verba pública alguma. Vivemos de doações. E, claro, tivemos cuidados extras durante a pandemia, e isto representa um alívio para toda nossa equipe e moradores”, disse Brozoza.
A enfermeira da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Vanessa Severo Coffy, reforçou que, em um primeiro momento, apenas moradores e trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) serão imunizados com as bivalentes na capital.
A primeira remessa recebida pelo município soma 4.512 doses, mas o número de idosos institucionalizados e de trabalhadores nesses locais da cidade chega a 8,4 mil. Foram essas as pessoas que receberam primeiro a vacinação regular, portanto, eram as que há mais tempo seguiam aguardando um reforço.
Para tomar a vacina bivalente, a pessoa precisa ter completo o esquema primário, ou seja, a primeira e a segunda doses da monovalente.
O próximo grupo prioritário a receber a vacina bivalente vai ser o das pessoas com 70 anos ou mais, imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, conforme uma nota técnica distribuída na semana passada pela Secretaria Estadual da Saúde.
Em seguida, serão imunizadas pessoas com 60 a 69 anos, depois gestantes e puérperas, na sequência trabalhadores da saúde e, por último, pessoas com deficiência permanente. Ainda não há cronograma anunciado para os públicos restantes.