Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 56% das indústrias que estão no mercado cativo de energia comprada junto às concessionárias têm interesse em migrar para o mercado livre a partir de 2024. Atualmente, cerca de 10,5 mil empresas industriais operam nesse modelo em que o consumidor negocia direta e livremente com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia.
De acordo com a Sondagem Especial Indústria e Energia, 59% das grandes empresas obtêm fornecimento do mercado livre, sendo 52% exclusivamente desse mercado. Entre as indústrias de médio porte, 57% estão no cativo e 25% somente no mercado livre; já entre as pequenas empresas, 70% obtêm energia do mercado cativo e apenas 6% estão totalmente no mercado livre.
De acordo com estimativas da CNI, as indústrias que migrarem para o mercado livre poderão ter uma economia, em média, de 15% a 20% na conta de luz. A Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) estabelece que as empresas de enquadramento tarifário de alta tensão possam migrar para o mercado livre a partir de 1º de janeiro de 2024.
Os números da sondagem revelam que, entre as grandes empresas, 59% afirmaram que há possibilidade de migrar para o mercado livre. Entre as indústrias de médio porte esse mesmo percentual foi de 61% e, entre as pequenas empresas, 48% indicaram a possibilidade de migrar.
Nos últtimos 12 meses, o aumento médio percentual dos gastos com energia elétrica no custo toal de produção das indústrias foi de cerca de 13%. Para 75% das empresas, esse aumento teve impacto relevante sobre seus custos, sendo médio ou alto para 40% dessas empresas.