Analistas do mercado financeiro elevaram, pela sétima vez consecutiva, a estimativa de inflação deste ano de 5,48% para 5,74%. A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central, com a opinião de mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se variar 1,75% e 4,75%. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro subiu de 3,84% na semana passada para 3,90%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro subiu sua estimativa de 0,79% para 0,80%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e mede a evolução da economia do país. Já para 2024, a previsão de crescimento permaneceu estável em 1,5%.
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom, que estará reunido nesta semana, também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Quanto ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 recuou para R$ 5,25. Para o fim de 2024, permaneceu em R$ 5,30. Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção recuou de US$ 58 bilhões para US$ 57,6 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo continuou em US$ 52,4 bilhões.