Os resgates feitos no saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) neste mês de janeiro bateram recorde. Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), até o dia 24 deste mês, foram realizados 2,2 milhões de saques, que totalizaram R$ 1,11 bilhão. Em 2022, o valor sacado em janeiro havia sido de R$ 1,10 bilhão, enquanto, no mesmo mês de 2021, o valor foi de R$ 1,07 bilhão.
O comportamento ocorre em meio a declarações do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que faria a proposta de acabar com a modalidade em março. Conforme o ministro, novos pedidos de saque-aniversário do FGTS não serão mais permitidos a partir de março, mas com a manutenção dos contratos vigentes.
O saque-aniversário é opcional e permite ao trabalhador sacar parte da parcela da conta do FGTS, anualmente, por um período de três meses, contando a partir do mês do seu aniversário. Desde o fim de 2019, quando o saque-aniversário foi instituído, até o último mês de dezembro, mais de 28,6 milhões de trabalhadores aderiram à modalidade.
Quem não optar pelo serviço permanece na sistemática padrão, que é o saque-rescisão. Os trabalhadores que aderem ao saque-aniversário, se forem demitidos, têm direito apenas ao valor da multa rescisória e não podem sacar os valores do FGTS por um período de dois anos.