A arrecadação do governo federal fechou 2022 com o maior resultado já registrado pela Receita Federal em 27 anos. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 27, pela Receita Federal e revelam que o desempenho é um reflexo da continuidade da retomada econômica após a crise provocada pela pandemia de Covid-19, e pela alta nos preços de commodities e na inflação. Os números revelam que a arrecadação do ano teve crescimento real de 8,18%, em comparação com o resultado de 2021, atingindo R$ 2,218 trilhões, recorde da série iniciada em 1995.
Em dezembro, a alta real foi de 2,47% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a R$ 210,2 bilhões. O nível também é o maior já registrado para o mês na série da Receita. Os ingressos sob gestão da Receita cresceram 6,6% em termos reais em 2022, para R$ 2,086 trilhões, enquanto aquelas administradas por outros órgãos, com peso grande do recolhimento de royalties sobre a exploração de petróleo, subiram 40%, a R$ 132,5 bilhões.
A arrecadação com royalties em 2022 teve alta real de 21% em relação ao ano anterior, um incremento de R$ 17,3 bilhões. No recorte por divisão econômica, as maiores contribuições nominais vieram de entidades financeiras (+ R$ 37,4 bilhões em relação ao arrecadado em 2021), combustíveis (+ R$ 34,9 bilhões), atividades auxiliares ao setor financeiro (+ R$ 12,0 bilhões) e extração de petróleo e gás (+ R$ 9,6 bilhões).
A Receita também justificou os movimentos do ano ao comportamento dos principais indicadores macroeconômicos, apontando que houve alta de 0,99% na produção industrial, 8,6% na comercialização de serviços, 20,3% no valor em dólar das importações e 18,7% na massa salarial.