O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou nesta quinta-feira que o governo pretende achar uma solução para os aeroportos de Natal, no Rio Grande do Norte, e Tom Jobim, mais conhecido como Galeão, no Rio de Janeiro. O Galeão integra a lista de terminais no país que foram devolvidos à gestão pública pela iniciativa privada. Ele destacou que vai se reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para conversar sobre a situação do aeroporto.
“A nossa preocupação é que vem o Carnaval. O Galeão é importante e queremos ele na plenitude”, disse. Sobre o Aeroporto de Natal, França afirmou que a relicitação foi aprovada nessa quarta. Porém, existe uma diferença de cerca de R$ 100 milhões entre a indenização que o governo calculou para os atuais gestores e o valor cobrado pela empresa que gerenciava o terminal. “A nova concessão prevê a indenização de quem estava dentro. Há divergência entre números. O que não pode é o serviço ser interrompido ou prejudicado. Nesse período, ou as concessionárias fazem corretamente (o serviço), ou vamos tomar outra atitude”, avisou.
Privatização de portos e aeroportos
O ministro Márcio França descartou a possibilidade de privatização de portos e aeroportos. Segundo ele, “a tese vencedora das eleições é contrária à lógica da autoridade portuária”. “No mundo todo, não existe nenhum lugar em que foi passada a autoridade portuária para o privado. Discutimos a privatização dos serviços, mas a autoridade não será privatizada”, garantiu.
Questionado sobre a ampliação do escoamento nos portos, o ministro afirmou que a previsão é garantir a dragagem adequada, o que não acontece em parte dos terminais portuários. “A previsão inicial é que os portos têm que estar com as dragagens adequadas. Nem todos estão adequados. Alguns navios não chegam na plenitude. Que a gente tenha os portos modernizados e adequados”, disse.
De acordo com França, na próxima semana, haverá reunião com os conselhos portuários do país para mudar as direções portuárias.