O ministro da Educação, Camilo Santana, não poupou apontamentos negativos ao antigo governo durante encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e reitores de universidades e institutos federais nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto. O ministro afirmou que a pasta vai reajustar as bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além disso, garantiu que o Ministério vai aprofundar o investimento no Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies). A informações foram publicadas pela Agência Estado (AE).
“Essa reunião tem um simbolismo muito forte”, declarou o ministro. Santana reforçou a esteira de críticas que permeou a reunião ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e os impactos negativos que teve na educação nacional. “O MEC estará de portas abertas para o diálogo, união, reconstrução porque houve um desmonte. Estamos na terceira semana, estamos tomando pé, mas estou impressionado com o desmonte que fizeram na educação pública desse país”, apontou.
Ao falar sobre os desafios para os próximos anos, o ministro destacou a evasão nas escolas e universidades e a necessidade de ampliação e oferta de vagas e acesso a alunos das universidades. Para isso, ele disse ser preciso “saber demandas do mercado para ampliar vagas”.
Camilo pontuou a elaboração de um novo Plano Nacional de Educação, que vence em 2024, para o estabelecimento de metas para os próximos dez anos. Além disso, citou a importância da aprovação pelo Senado Federal do Sistema Nacional de Educação (SNE). “Precisamos olhar a educação com uma visão sistêmica, desde a creche até a pós-graduação”, completou.