A população desocupada, de 8,7 milhões de pessoas, no trimestre setembro a novembro de 2022, representa um recuo de 9,8% comparado com o trimestre anterior. O percentual corresponde a menos 953 mil pessoas, e 3,7 milhões no acumulado anual equivalente a 29,5%. É o seu menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 19, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já a população ocupada, 99,7 milhões de pessoas, foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 0,7% (mais 680 mil pessoas) ante ao trimestre anterior e de 5,0% (mais 4,8 milhões) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 57,4%, variou 0,3 ponto percentual frente ao trimestre anterior (57,1%) e subiu 2,2 pontos percentuais sobre igual trimestre de 2021 (55,1%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, subindo 2,3% (817 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 7,5% (mais 2,6 milhões de pessoas) na comparação anual. O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) caiu 1,4% ante o trimestre anterior (menos 370 mil pessoas) e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,8 milhões de trabalhadores informais) contra 39,7% no trimestre móvel encerrado em agosto e 40,6% no mesmo tri de 2021.
O rendimento real habitual (R$ 2.787) cresceu 3,0% no trimestre e 7,1% no ano, enquanto a massa de rendimento real habitual (R$ 273 bilhões) cresceu 3,8% frente ante o trimestre anterior e 13,0% na comparação anual. No trimestre móvel de setembro a novembro de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) chegou a 108,4 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2022 e crescendo 1,0% (1,1 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2021.
O rendimento médio real habitual (R$2.787,00), frente ao trimestre móvel anterior cresceu nas seguintes categorias: Construção (7,5%, ou mais R$ 156), Transporte, armazenagem e correio (5,9%, ou mais R$ 152), Alojamento e alimentação (5,7%, ou mais R$ 96) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais R$ 134). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.