Dino: Ibaneis se ofereceu de forma espontânea para prestar depoimento à PF

Mais cedo, ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito sobre a conduta do governador afastado e do ex-secretário da Segurança Pública do DF Anderson Torres nos atos de domingo passado

Foto: José Cruz/ABr

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, se ofereceu de forma espontânea para prestar depoimento na Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, sobre os atos extremistas contra os prédios dos Três Poderes. Ibaneis está afastado do cargo por um período inicial de 90 dias após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que viu omissão do emedebista nos ataques em Brasília.

“Neste momento (pouco depois das 12h), está ocorrendo a oitiva do excelentíssimo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Faço questão de frisar que foi um oferecimento espontâneo do próprio governador. Ele procurou a Polícia Federal dizendo que gostaria de prestar depoimento e está sendo ouvido neste momento”, disse Dino durante coletiva de imprensa na sede do Ministério da Justiça.

Moraes também determinou, hoje, a abertura de um inquérito sobre a conduta de Ibaneis e do ex-secretário da Segurança Pública do DF Anderson Torres nos atos de domingo passado. A decisão do ministro do STF atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abrange, ainda, Fernando de Sousa Oliveira, secretário-executivo de Segurança Pública do DF, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF, preso por determinação de Moraes. O ministro do STF também determinou a prisão de Anderson Torres, que viajou em férias para os EUA e ainda não retornou ao país.

Interventor

Na decisão de hoje, Moraes também estabelece que cabe ao interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, explicar a conduta dos agentes de segurança no DF nos atos golpistas do último domingo.

Moraes ainda aceitou pedido da PGR para determinar que a Polícia Federal apresente, em dez dias, relatório parcial das provas já coletadas, identificando agentes públicos que podem ter sido coniventes com os ataques.

*Com informações da Agência Estado (AE)