Sem a desoneração de impostos nos preços na gasolina e na energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teria sido de 9,56% em 2022. O cálculo foi feito por André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em vez disso, o índice foi de 5,79% em 2022, acima da meta de inflação perseguida pelo Banco Central pelo segundo ano consecutivo.
A gasolina recuou 25,78% em 2022, -1,70 ponto porcentual no IPCA. O etanol ficou 25,42% mais barato em 2022, -0,25 ponto percentual no IPCA; a energia elétrica caiu 19,01%, -0,96 ponto percentual; e o acesso à internet recuou 12,09%, -0,06 ponto percentual. Em 2022, os principais vilões foram os aumentos na alimentação, que subiu 11,64%, e nos gastos com saúde e cuidados pessoais, com alta de 11,43%. Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 66% do IPCA do ano.