Pesquisa da Serasa revela que brasileiros projetam “superação” para 2023

Esta é a palavra que define o ano para 45% dos consumidores que iniciam 2023 com o nome limpo

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Depois de dois anos e meio de pandemia, uma acirrada disputa eleitoral que dividiu o país e logo após a desclassificação do Brasil na Copa do Catar, o brasileiro dá demonstrações de esperança no ano que se inicia, em especial quando analisa suas finanças pessoais. Pesquisa realizada pela Serasa para, pela primeira vez, interpretar os impactos emocionais do volume recorde de negociação das dívidas (mais de 32 milhões de acordos em 2022) nas perspectivas do novo ano, revela que “Superação” é a principal palavra que define o ano para quem conseguiu limpar o nome em 2022, com 31% das respostas.

“Organização” aparece na sequência, com 25% das menções. “Motivação” e “Esperança” também estão em lugar de destaque no vocabulário financeiro de quem se livrou das dívidas. O levantamento que ouviu 2.296 pessoas entre os dias 13 e 20 de dezembro mostra que 45% dos consumidores que quitaram ou amortizaram dívidas e iniciam 2023 com o nome limpo têm certeza de que vão conseguir realizar pelo menos parte de seus sonhos nos próximos meses.

Para os que ainda estão inadimplentes, porém, esse percentual de otimismo cai para 28%. Mesmo assim, 51% desses brasileiros endividados se declaram esperançosos para 2023, embora não consigam afirmar com absoluta segurança de que o novo ano será melhor.

Pensando no pagamento das contas, 83% dos consumidores com nome limpo acreditam que vão conseguir pagar suas contas em dia. “A pesquisa comprova o efeito encorajador que o pagamento de dívidas e a recuperação do nome geram no ânimo e na confiança dos consumidores”, explica Patricia Camillo, gerente da Serasa e especialista em finanças.

Os chamados consumidores adimplentes (os que quitaram dívidas) projetam continuar pagando suas contas em dia durante o ano (34%), investir (29%), cuidar da saúde (26%), comprar um imóvel (26%) e até empreender (24%). “Observe como melhorar as finanças estimula ainda mais a saúde financeira”, comenta Patrícia.