A produção industrial brasileira teve queda de 0,1% na passagem de outubro para novembro, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira, 5, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado negativo veio depois de uma alta de 0,3% em outubro, que interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas e que acumularam queda de 1,3%.
Já na comparação com novembro de 2021, a indústria cresceu 0,9%, quarta taxa positiva consecutiva nesta base de comparação. No ano de 2022, o setor acumula redução de 0,6% e, em 12 meses, queda de 1,0%. Apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram queda na produção.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de indústrias extrativas (-1,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%). Destaque também para os recuos registrados pelos ramos de produtos têxteis (-5,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), de produtos de metal (-1,5%) e de produtos de minerais não metálicos (-1,2%).
BENS DE CONSUMO DURÁVEIS
Além disso, entre as 15 atividades em crescimento, produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) exerceram os principais impactos. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de metalurgia (3,1%), de produtos de madeira (7,4%), de produtos diversos (6,5%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (-0,4%) assinalou a única taxa negativa e marcou o terceiro mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 4,1%. Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (0,8%), de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) e de bens intermediários (0,4%) tiveram expansões nesse mês, com o primeiro eliminando parte do recuo de 4,4% acumulado nos meses de outubro e setembro de 2022; e os dois últimos avançando pelo segundo mês seguido e acumulando nesse período crescimento de 0,9% e 1,1%, respectivamente.