
O nome que vai ocupar a Secretaria Estadual de Habitação e Regularização Fundiária pode estar próximo de ser definido e anunciado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. De acordo com o presidente estadual do União Brasil, Luiz Carlos Busato, está marcada uma reunião, nesta quarta-feira, com o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, para tratar do assunto.
Na ocasião, dirigentes e os três deputados estaduais eleitos pelo partido para uma cadeira na Assembleia Legislativa – Dr. Thiago Duarte, Dirceu Franciscon e Aloísio Classman – vão participar do encontro e apresentar uma lista de nomes que podem ocupar a Secretaria.
Entre as opções, serão indicados políticos que concorreram aos cargos de deputado estadual e federal, mas ficaram como suplentes, além de pessoas com qualificação técnica. Ainda segundo Busato, os nomes de José Fortunati, Enio Bacci e Barbara Penna devem estar entre as opções.
Após a reunião desta quarta, a lista vai ser entregue a Eduardo Leite. Caso um dos nomes apresentados agrade, o chefe do Executivo estadual pode anunciar o titular da pasta – uma das únicas ainda sem um nome definido – até o fim da semana. Até lá, Izabel Matte, já anunciada como secretária de Obras Públicas, vai responder interinamente pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.
Além dessa pasta, Leite precisa definir o novo secretário de Planejamento, Governança e Gestão. No fim janeiro, o atual ocupante do cargo, Cláudio Gastal, passa a presidir o Badesul.
Com dificuldades, PSB pode ficar fora do governo
Após todos os indicativos de que vai ficar de fora do primeiro escalão de Leite, o PSB gaúcho enfrenta dificuldades na definição de quais espaços de segundo e terceiro escalões pode vir a ocupar. Nessa terça-feira, o presidente estadual da legenda, Mário Bruck, o deputado estadual reeleito Elton Weber, o estadual Dalciso Oliveira e o ex-deputado José Luiz Stédile se reuniram com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior.
Conforme Bruck, contudo, uma definição só deve ocorrer na próxima semana, com a participação de Leite. Internamente, depois do ‘tombo’ da eleição estadual, o partido enfrenta alguns percalços para se reorganizar. Na campanha do ano passado, o ex-deputado Beto Albuquerque insistiu em bancar uma candidatura própria ao governo mas, ao final, desistiu. O PSB acabou lançando no lugar dele o ex-vice-governador Vicente Bogo, e em chapa pura. O partido contabilizou perdas também nas proporcionais, encolheu na Câmara dos Deputados e na Assembleia. Se, em 2018, havia eleito dois federais e três estaduais, em 2022 elegeu um federal e um estadual.
Após o apoio e a vitória de Leite, o tucano ofertou aos socialistas o comando da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). A preferência para o posto era de Weber, que preferiu permanecer no Legislativo. A pasta acabou direcionada para o Podemos (que indicou Ronaldo Santini, eleito estadual).
O PSB então sondou o governo sobre a possibilidade de uma outra pasta, como a Habitação, para colocar Stédile (ex-secretário de Obras e Habitação na primeira administração de Leite), mas as articulações emperraram. A pasta vai ficar com o União Brasil, aliado de primeira hora do PSDB na corrida pelo Piratini em 2022. Além disso, no PSB, ainda há uma ala defendendo que o partido não participe da administração tucana.