O impacto financeiro do 13º salário do funcionalismo nos municípios brasileiros pode alcançar R$ 18,733 bilhões, montante que deve aquecer a economia no fim do ano. É o que aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada, nesta sexta-feira. Conforme o levantamento, quando questionados sobre a folha de pagamento do mês de dezembro, 3.902 municípios (96,1%) responderam que efetuarão o pagamento em dia. Somente 84 prefeituras (2,1%) atrasarão a folha do funcionalismo. No Rio Grande do Sul, onde 98,4% afirmaram que pagarão em dia, cinco cidades não conseguirão realizar o depósito dentro do prazo.
Sobre a pontualidade das prefeituras quanto ao pagamento do funcionalismo, 3.968 municípios (97,8%) responderam que as remunerações dos funcionários
municipais vêm sendo pagas em dia. É o caso de 485 cidades gaúchas, com exceção de uma que declarou não estar em dia com os repasses. Da amostra de municípios coletada, as cidades do Amazonas, Pará, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram o maior quantitativo de Municípios com a folha salarial em dia, com índice acima de 99%. Já os municípios do Amapá (50,0%), Roraima (80%), Sergipe (84,4%), Pernambuco (90,7%) e Rio de Janeiro (92,1%) apresentaram taxas de respostas positivas inferiores.
A pesquisa contatou 4.059 municípios e, desses, 3.696 (91,1%) responderam que os recursos referentes ao repasse de 1% extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) ajudarão a pagar a gratificação natalina. Apenas 249 (6,1%) municípios disseram acreditar que o repasse não auxilia no pagamento do 13º. No Rio Grande do Sul, 90% dos municípios declararam que o FPM vai ajudar.
Pelo menos 2.276 municípios brasileiros (56,1%) deverão deixar obrigações financeiras a serem pagas no próximo exercício. Já 1.583 prefeituras (39,0%) afirmaram que não deixarão Restos a Pagar para 2023. Em solo gaúcho, 61,9% afirmaram que algumas contas ficarão para o próximo ano. Os gestores municipais também foram questionados sobre a capacidade de fechar as contas de 2022. A maioria dos municípios (3.531 ou 87,0% do total) respondeu que vai conseguir fechar as contas, enquanto apenas 363 prefeituras (8,9%) informaram que não devem fechar as contas no azul. Outras 165 cidades não responderam o questionamento. O Rio Grande do Sul está entre os que mais responderam capacidade de fechar as contas, com 92,4%, mas pelo menos 31 cidades não vão conseguir.
A Confederação ouviu 72,9% do total de municípios do país. Para a entidade, o cenário atual, de arrecadação elevada, contribuiu para a expectativa dos gestores municipais acerca do pagamento da folha salarial do funcionalismo. A gratificação natalina pode ser paga em parcela única ou em duas vezes. Do total de municípios pesquisados, 1.756 (43,3%) declararam-se optantes pelo pagamento em parcela única, com data-limite para pagamento em 20 de dezembro. Outros 56,5% afirmaram que efetuarão o pagamento em duas parcelas: a primeira em 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
Confira aqui a pesquisa completa.
