Pilotos e comissários aprovaram nesta quinta-feira em assembleia, por unanimidade, greve a partir da próxima segunda-feira, informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na tarde desta quinta. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Em nota, o sindicato sustenta que o pleito principal envolve a recomposição inflacionária e um ganho real nos salários, de forma a compensar as perdas em dois anos de pandemia, “de quase 10%”.
A categoria também reivindica, entre outros pontos, que as empresas “respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de 3 horas em solo entre duas etapas de voo”.
O sindicato alega que, diante dos “altos preços das passagens aéreas”, as empresas vêm acumulando lucro, além de terem reduzido o custo de folha de pagamento em mais de 30%.
Segundo o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, “as empresas estão com os preços das passagens no mais alto patamar dos últimos 20 anos” e “financeiramente melhores do que antes da pandemia”. Conforme Hacklaender, é “justo e razoável que os tripulantes tenham a garantia de que os horários de suas folgas serão respeitados”, e que eles tenham ganho real de salário.
O sindicato adverte que a paralisação ocorre a partir de 19 de dezembro, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Rio Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza. As decolagens com órgãos para transplante, enfermos a bordo e vacinas prosseguirão normalmente.