Com presença de Biden e Zelenski, 17ª Cúpula do G20 começa nesta terça-feira

Reunião das principais economias mundiais ocorre em meio à guerra na Ucrânia e às tensões entre Ocidente, Rússia e China

Ministros das Finanças do G20 se reuniram nesse fim de semana na Indonésia (Foto FMI)

17ª Cúpula do G20 começa nesta terça-feira (15) em Bali, na Indonésia. A reunião anual, na qual se encontram as 19 principais economias do mundo e a União Europeia, ocorre em meio à guerra na Ucrânia e ao aumento das tensões entre Ocidente, Rússia e China.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, estão entre os 17 líderes que deverão participar da cúpula, entre 15 e 16 de novembro. As ausências notáveis são a do presidente russo, Vladimir Putin, e do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O G20 foi fundado em 1999 como um grupo de ministros das Finanças. No entanto, durante a crise financeira ocorrida entre 2008 e 2009, se transformou em um grupo de líderes estatais para lidar com adversidades e desacelerações econômicas.

Em 2022, os membros do G20 têm o desafio de buscar um consenso em relação à recuperação pós-pandemia e a atual crise energética e alimentar, além de se posicionarem sobre a guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais impostas contra a Rússia, que alimentaram os temores de uma recessão global, dividindo mais ainda o grupo.

Biden e Xi Jinping

Com a ausência de Vladimir Putin, Joe Biden e o presidente da China, Xi Jinping, se encontraram pela primeira vez, cara a cara, na última segunda-feira (14). As duas principais economias do mundo protagonizaram tensões recentemente, as quais seguem crescendo, principalmente por causa de Taiwan e de questões comerciais.

No encontro, os líderes apertaram as mãos e defenderam uma política para evitar que a rivalidade vire um conflito. Entretanto, a conversa foi marcada por discordâncias em relação às pretensões chinesas sobre Taiwan.

Na opinião de Xi, a ilha autogovernada é “a primeira linha vermelha que não pode ser atravessada nas relações China-EUA”. O líder americano, no entanto, rebateu o chinês e afirmou que se opõe a qualquer mudança na ilha, indicando que Washington está pronto para defendê-la por meios militares.

Já ao discutirem a invasão russa da Ucrânia, Xi e Biden “reiteraram o consenso de que uma guerra nuclear não deve ser nunca travada, e não tem como se ganhar, e frisaram oposição ao uso ou ameaça de uso de armas nucleares na Ucrânia”, informou um comunicado da Presidência americana.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira