A exemplo do primeiro turno, a PUCRS, em Porto Alegre, recebe novamente neste domingo o teste de integridade das urnas eletrônicas, no qual 27 equipamentos foram auditados por técnicos do Tribunal Regional Eleitoral do RS (TRE-RS), a fim de comprovar sua confiabilidade durante as eleições. Ao todo, houve a instalação de 23 urnas no térreo do prédio 30, e quatro para o teste da biometria, novidade nesta eleição, no 4º andar do prédio 11. Os números de urnas auditadas foram os mesmos do primeiro turno.
O teste de integridade em si, também conhecido como “votação paralela”, existe desde 2002, e nunca houve irregularidades constatadas, de acordo com o presidente da Comissão do Teste de Integridade do TRE-RS, o desembargador eleitoral Amadeo Buttelli. O mesmo processo é feito neste domingo em todos os TREs do país, e envolveu, em Porto Alegre, 130 funcionários do tribunal. “Está correndo absolutamente tudo dentro do previsto”, afirmou ele durante a manhã.
Conforme Buttelli, os únicos problemas foram relacionados a duas urnas, cujo software não havia sido atualizado para o segundo turno, mas houve sua substituição antes da instalação na universidade. “As urnas sorteadas do interior chegaram à Capital antes das 21h de sábado, um prazo bem menor do que no primeiro turno”, informou ele. Ainda segundo o desembargador, no primeiro turno desta eleição, houve uma intercorrência, porém foi constatada falha humana.
“Descobrimos que o funcionário do TRE verbalizou o número 33 e digitou manualmente o número 13. Houve um equívoco, perfeitamente identificado”, comentou. A situação foi descoberta ao ser consultada a filmagem, já que todos os votos do teste foram gravados em vídeo e transmitidos nas redes do tribunal. Após a votação normal em suas seções, eleitores são convidados a participar do teste biométrico. Até o pleito de 2022, as testagens eram feitas apenas por funcionários do tribunal. Depois do aceite, o eleitor preenchia um termo de consentimento e inseria a impressão digital no leitor biométrico.
Os votos, previamente preenchidos por entidades da sociedade civil, como colégios e universidades, são sorteados a partir de uma urna de lona e digitados em urnas eletrônicas idênticas às utilizadas nas eleições. Em seguida, comparados com o sistema de apoio do TRE-RS. Embora conferidos a candidatos reais, os números digitados não foram enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nem considerados válidos para o pleito. O operário David Domingues Machado, morador do bairro São José, aceitou o convite. “É muito bom conhecermos o processo e fazermos parte da democracia também desta forma. Espero que as eleições tenham cada vez mais tecnologia”, disse.