São Leopoldo: Polícia suspeita que confronto entre facções esteja por trás de morte de mulher decapitada

Cadáver também não tinha uma mãos e havia sido coberto com cal

Local em que o corpo foi encontrado, no dia 8 de outubro. Foto: Divulgação/Polícia Civil

Apesar de ainda não ter identificado a vítima, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a morte de uma mulher, que teve o corpo encontrado decapitado, em São Leopoldo, no Vale dos Sinos, seja resultado de um confronto entre traficantes da região. O cadáver, localizado no sábado, em uma plantação de eucaliptos, já em estado avançado de decomposição, também tinha uma das mãos arrancada e havia sido coberto com cal.

“Nossa principal linha de investigação é de que a morte esteja relacionada com o tráfico. É muito excepcional essa forma de feminicídio, em que deixaram a mulher a 200 metros dentro da mata e sem a cabeça”, declarou o delegado André Serrão, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Leopoldo (DPHPP), à Rádio Guaíba. “Geralmente, o feminicídio é mais passional”, complementou.

Segundo o delegado, um homem que entrou na mata para cortar lenha encontrou o cadáver. A Polícia estima que o corpo tenha sido deixado no local há mais de dez dias, e que a cal tenha sido usada para evitar o odor decorrente da putrefação.

Advogada desaparecida 

Na visão do delegado André Serrão, é improvável que o corpo seja da advogada Alessandra Dellatorre, desaparecida desde junho em São Leopoldo, em meio a um possível surto psicótico.

“Esse caso está bem enrolado. Ela não teve movimentação de nada e nem acessou redes sociais [desde que sumiu]. Estamos aguardando para ver se surge alguma nova informação”, informou o policial. “A tese do surto psicótico ainda prevalece como a principal”, concluiu.