O preço do litro da gasolina deveria subir R$ 0,32, em média, nas refinarias brasileiras, para acompanhar a alta no exterior. Os cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), e também apontam que para o litro do diesel, a defasagem em relação ao mercado externo é ainda maior, de R$ 0,62.
Na segunda-feira, 4, essa diferença era de R$ 0,01 para o diesel e não havia defasagem no preço da gasolina, ainda de acordo com o levantamento da Abicom.
A defasagem entre os preços praticados no Brasil e no exterior aumentou nesta semana em meio à alta do petróleo, após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) ter anunciado, na quarta-feira, 5, uma redução de 2 milhões de barris por dia na produção, o maior corte desde o início da pandemia.
Nesta sexta-feira, o contrato do petróleo Brent para dezembro fechou em alta de 3,47%, a US$ 95,89 por barril. Na semana, o Brent acumulou ganhos de 9,01%. Com uma oferta de petróleo menor, a probabilidade é que os preços continuem pressionando a Petrobras pela recomposição dos preços cobrados nas refinarias brasileiras.