A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), tomada em Viena nesta quarta-feira, 5, de um corte de petróleo de 2 milhões de barris por dia (bpd), as semanas de alívio da Petrobras podem estar com os dias contatos.
É que a decisão dos países produtores tem como objetivo estimular a recuperação nos preços que caíram para cerca de US$ 90, de US$ 120 três meses atrás, a mais alta cotação em 3 semanas. Somente nesta quarta-feira, o preço do barril de Brent para entrega em dezembro subiu 1,70% a 93,97 dólares.
Com a potencial possibilidade de reajuste nos preços dos combustíveis no mercado interno, com maior escassez de petróleo no mercado mundial, especialistas já consideram a possibilidade de reajuste nos preços nos postos. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, a defasagem média do preço do diesel atingiu 3% e da gasolina 8% na última terça-feira, 4.
Considerando este cenário, os preços deveriam ser elevados em R$ 0,17 no caso do diesel e R$ 0,28 por litro na gasolina. O último reajuste do diesel pela Petrobras ocorreu há duas semanas, uma queda de 4,07%, e da gasolina há um pouco mais de um mês, uma redução de 4,8%, e seguem um novo ritmo de reajustes adotado pelo atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade.