O Índice de Confiança do Comércio (Icom) apresentou um crescimento de 2,4 pontos na passagem de agosto para setembro, a 101,8 pontos, maior nível desde janeiro de 2019. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 29, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Conforme a fundação, a confiança do comércio subiu pelo segundo mês consecutivo. A diferença entre agosto e setembro está na composição do resultado. Enquanto no mês anterior, a alta foi totalmente influenciada pelas expectativas, nesse mês houve recuperação nos indicadores que medem a percepção sobre o momento presente.
“Essa melhora parece estar relacionada com a recuperação da confiança do consumidor nos últimos meses, do mercado de trabalho, desaceleração da inflação, além de algumas medidas de estímulos do governo. A continuidade dessa trajetória positiva ainda é incerta no médio-longo prazo porque depende também da continuidade de melhora do ambiente macroeconômico”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.
Em setembro, houve melhora na confiança em cinco dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,5 ponto, para 105,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 3,4 pontos, para 97,9 pontos.
“Com o resultado positivo de setembro, a confiança do comércio encerra o terceiro trimestre em alta. A melhora no trimestre foi mais influenciada por uma recuperação das expectativas, que vêm oscilando nos últimos trimestres. Pelo lado da percepção atual, também houve melhora, mas com desaceleração em relação ao trimestre anterior, onde houve forte impacto da reabertura das atividades presenciais com a melhora dos números da pandemia”, apontou a FGV.
O Índice de Confiança do Comércio cresceu 6,4 pontos no terceiro trimestre, após alta de 6,1 pontos no segundo trimestre. O Índice de Situação Atual teve elevação de 4,3 pontos no terceiro trimestre, após o salto de 18,8 pontos no segundo trimestre, enquanto o Índice de Expectativas aumentou 8,1 pontos no terceiro trimestre, depois de uma queda de 6,7 pontos no segundo trimestre. A Sondagem do Comércio de setembro coletou informações de 777 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.